sábado, 24 de novembro de 2007


"Temos aprendido a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas ainda não aprendemos a sensível arte de viver como irmãos."
(Martin Luther King)

Talvez valha a pena pensar nesta célebre frase, pois numa breve revisão de literatura, as explicações encontradas para a prática de maus-tratos nas crianças, apontam para: (a) a reprodução das experiências de violência; (b) os desajustes familiares, psíquicos e alcoolismo e, (c) a ordem macro estrutural.

Dentre as conclusões, destaca-se que as políticas de prevenção e intervenção dos maus-tratos cometidos contra as crianças, terão maior êxito se conseguirem articular uma compreensão teórica e prática. É preciso integrar a particularidade de cada caso no conhecimento acumulado no atendimento às famílias envolvidas na prática de maus-tratos no mundo.

A violência constitui-se actualmente como um dos mais graves problemas de saúde pública. Segundo vários autores, destacam-se a mortalidade por homicídios ou lesões intencionalmente aplicadas, sobretudo entre jovens e adolescentes. No nosso país, a violência contra crianças e adolescentes tem vindo a ganhar contornos dramáticos. As diversas formas de causas externas são as principais responsáveis pelas mortes de crianças a partir dos cinco anos, estendendo-se à adolescência os seus lamentáveis efeitos.

Contudo, além da violência que leva à morte, convivemos de modo quotidiano e oculto com várias outras formas de vitimação. A violência doméstica ou intra-familar é, sem dúvida, responsável por agressões a milhares de crianças e adolescentes.

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