Lendo alguns escritos e autores diversos, percebo que o Natal é actualmente uma das festas católicas mais importantes, mas que foi só em meados do século IV d.C. que se começou a festejar tendo o Papa Júlio I fixado a data no dia 25 de Dezembro, já que desconhecem a verdadeira data do nascimento de Jesus.
Uma das explicações para a escolha do dia 25 de Dezembro prende-se como facto de esta data coincidir com a Saturnália dos romanos e com as festas germânicas e célticas do Solstício de Inverno, sendo todas estas festividades pagãs, a Igreja viu aqui uma oportunidade de cristianizar a data, colocando em segundo plano a sua conotação pagã. Algumas zonas optaram por festejar o acontecimento em 6 de Janeiro, contudo, gradualmente esta data foi sendo associada à chegada dos Reis Magos e não ao nascimento de Jesus.
Apesar de ser uma festa cristã, o Natal, com o passar do tempo, converteu-se numa festa familiar com tradições pagãs, em parte germânicas e em parte romanas.
Sob influência franciscana, espalhou-se o costume de, em toda a cristandade, se construírem presépios já que estes reconstituíam a cena do nascimento de Jesus e a árvore de Natal surgiu no século XVI, sendo enfeitada com luzes símbolo de Cristo, Luz do Mundo. Uma outra tradição de Natal é a troca de presentes que são dados pelo Pai Natal ou por Jesus, dependendo da tradição de cada país.
Apesar de todas estas tradições poderem ser importantes (o Natal já nem pareceria Natal se não as cumpríssemos), o que parece de facto essencial é não nos esquecermos que o Natal não se resume a bonitas decorações e a presentes, pois para além disso e da festa católica, é também nesta época que as pessoas parecem querer ser melhores, mais solidárias, mais verdadeiras, mais amigas.
Por isso, importante, fundamental, imprescindível até, seria que as pessoas conseguissem manter, em permanência, esse espaço de tolerância e boa vontade que os norteia nesta época.
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