sexta-feira, 5 de outubro de 2007

O Mistério de Ariana


Conta a história (uma das muitas) que Ariana, filha do rei Minos, se apaixonou por Teseu, filho de Egeu, rei de Atenas e deu-lhe a solução para matar o minotauro, com um novelo de fio e uma espada.
Uma das pontas do fio ficou atada à entrada do labirinto e a outra no seu bolso. Teseu encontrou o minotauro e travou com ele um combate feroz, acabando por matá-lo com a espada que Ariana lhe havia dado. De seguida usou o fio para encontrar a saída do labirinto, libertar os outros reféns e levar Ariana no seu barco para Atenas.
Porém no caminho ancoraram em Delos para festejar a vitória e, Teseu numa atitude de grande ingratidão, abandonou Ariana na ilha de Naxos e seguiu para Atenas.
É Ariana que mantém o fio do labirinto, o fio da moralidade? O labirinto do conhecimento e da moral. O labirinto da vida e do Ser?
Vale a pena reler Gilles Deleuze e o Mistério de Ariana. Ele é um excelente testemunho da intensidade filosófica de Deleuze. Ele é também um excelente momento que nos permite imaginar alguém que constrói um fio (o fio de Ariana), o qual permite ao outro escapar do labirinto, no qual se perdeu (o mundo do poder e do dinheiro).

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