domingo, 25 de novembro de 2007

O conhecimento e a ignorância

"Há épocas em que a sociedade, tomada de pânico, se desvia da ciência e procura a salvação na ignorância"
Saltykov-Stcherdrine, Mikhail


Desconfiamos do conhecimento como verdade acabada, pois, como afirma Boaventura Sousa Santos, "o conhecimento é sempre a trajectória de um ponto de ignorância específico para um ponto de saber específico. E, portanto, há diferentes ignorâncias como há diferentes formas de saber".

Até há pouco tempo os computadores eram vistos como instrumentos frios, desumanos, incapazes de promover relações afectivas mas capazes de efectuar cálculos. Com o aparecimento das redes de informação e de relações como a Internet e o aparecimento do multimédia, uma nova forma de percepção da máquina entrou em cena. Ela agora permite estabelecer relações humanas e afectivas. O computador inaugura assim uma nova percepção do espaço do trabalho: considerado como lugar sério e mistura-se agora com o lúdico.

Lidamos com a realidade através de mediações, tais como quadros, cabos e lentes e, intensificamos o real com os recursos que a máquina nos oferece, criando um hiper realismo que transforma o mundo real num mundo espectáculo.

Thomas Kuhn chocou e até estimulou os seus colegas ao afirmar que “as revoluções científicas são recorrentes na história e têm uma estrutura ou ciclo de desenvolvimento semelhante, originando-se na insatisfação com uma teoria ou paradigma ortodoxo e terminando na criação de um novo paradigma que passa a ser visto como “Ciência normal” até que outra geração de investigadores por sua vez não se satisfaça com esse conhecimento convencional”.

Hoje, estamos perante extensos mecanismos de manipulação de informação, em que as enciclopédias e outras fontes primárias de informação, cedem espaço às formas electrónicas de transmissão de informação, incorrendo numa “explosão do conhecimento” seguindo a invenção da imprensa e dos grandes descobrimentos da chamada “revolução científica”.

É preciso estar atento.

Sensibilizar as pessoas para a solidariedade, justiça e paz


A Cáritas Portuguesa, pelo quinto ano consecutivo, lançou a denominada operação "10 milhões de estrelas - um gesto pela paz".

O objectivo parece ser "motivar cada cidadão para a aquisição de uma vela que, quando acesa, simbolize a adesão de toda a população portuguesa à causa da paz".

Elmano Nazareth, secretário da Cáritas, diz que esta iniciativa nasceu em França e foi "adoptada" pela Cáritas Internacional, que anualmente destina 30% da verba angariada em cada país para ajudar causas.

Este ano, o apoio é para as mães solteiras de Cabinda, Angola.

Em Portugal, os restantes 70% da verba adquirida com a venda das velas, será destinado a programas de apoio às mulheres e a celebração nacional está marcada para 15 de Dezembro. Pedem ainda a todos os portugueses que acendam as velas, a 24 de Dezembro e as coloquem nas janelas.

sábado, 24 de novembro de 2007


"Temos aprendido a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas ainda não aprendemos a sensível arte de viver como irmãos."
(Martin Luther King)

Talvez valha a pena pensar nesta célebre frase, pois numa breve revisão de literatura, as explicações encontradas para a prática de maus-tratos nas crianças, apontam para: (a) a reprodução das experiências de violência; (b) os desajustes familiares, psíquicos e alcoolismo e, (c) a ordem macro estrutural.

Dentre as conclusões, destaca-se que as políticas de prevenção e intervenção dos maus-tratos cometidos contra as crianças, terão maior êxito se conseguirem articular uma compreensão teórica e prática. É preciso integrar a particularidade de cada caso no conhecimento acumulado no atendimento às famílias envolvidas na prática de maus-tratos no mundo.

A violência constitui-se actualmente como um dos mais graves problemas de saúde pública. Segundo vários autores, destacam-se a mortalidade por homicídios ou lesões intencionalmente aplicadas, sobretudo entre jovens e adolescentes. No nosso país, a violência contra crianças e adolescentes tem vindo a ganhar contornos dramáticos. As diversas formas de causas externas são as principais responsáveis pelas mortes de crianças a partir dos cinco anos, estendendo-se à adolescência os seus lamentáveis efeitos.

Contudo, além da violência que leva à morte, convivemos de modo quotidiano e oculto com várias outras formas de vitimação. A violência doméstica ou intra-familar é, sem dúvida, responsável por agressões a milhares de crianças e adolescentes.

Eu vi ... em estúdio


Um político, em Portugal, que ao ser confrontado pela jornalista, com a necessidade de interrupção da sua entrevista (para ser transmitida a chegada ao país de um treinador de futebol), pediu licença e retirou-se.

Um presidente, em França, que ao ser confrontado pela jornalista, pela segunda vez, sobre a sua vida conjugal, se despediu e abandonou os estúdios.

Uma deputada, na Venezuela, que entrou pelos estúdios a agredir um jornalista, para defender o bom-nome do seu Presidente.

domingo, 18 de novembro de 2007

Mudanças na Ortografia da Língua Portuguesa

Defesa da Língua Portuguesa

As dificuldades que nos esperam. Tomem bem nota.

A partir de Janeiro de 2008, Brasil, Portugal e os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste - terão a ortografia unificada.
O português é a terceira língua ocidental mais falada, após o inglês e o espanhol.
A ocorrência de ter duas ortografias atrapalha a divulgação do idioma e a sua prática em eventos internacionais. A sua unificação, no entanto, facilitará a definição de critérios para exames e certificados para estrangeiros.
Com as modificações propostas no acordo, calcula-se que 1,6% do vocabulário de Portugal seja modificado.
No Brasil, a mudança será bem menor: 0,45% das palavras terão a escrita alterada. Mas apesar das mudanças ortográficas, serão conservadas as pronúncias típicas de cada país.

O que vai mudar na ortografia em 2008:

• As paroxítonas terminadas em "o" duplo, por exemplo, não terão mais acento circunflexo. Ao invés de "abençôo", "enjôo" ou "vôo", os brasileiros (e os outros) terão que escrever "abençoo", "enjoo" e "voo";
• Mudam-se as normas para o uso do hífen no meio das palavras. O hífen vai desaparecer do meio de palavras, com excepção daquelas em que o prefixo termina em `r, casos de "hiper-", inter-" e "super-". Assim passaremos a ter "extraescolar", "aeroespascial" e "autoestrada";
• Não se usará mais o acento circunflexo nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do substantivo dos verbo "crer","dar", "ler","ver" e seus decorrentes, ficando correcta a grafia "creem", "deem", "leem" e "veem";
• Criação de alguns casos de dupla grafia para fazer diferenciação, como o uso do acento agudo na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito dos verbos da primeira conjugação, tais como "louvámos" em oposição a "louvamos" e "amámos" em oposição a "amamos";
• O trema (brasileiro) desaparece completamente. Estará correcto escrever "linguiça", "sequência", "frequência" e "quinquênio" ao invés de lingüiça, seqüência, freqüência e qüinqüênio;
• O alfabeto deixa de ter 23 letras para ter 26, com a incorporação de "k", "w" e "y";
• O acento deixará de ser usado para diferenciar "pára" (verbo) de "para" (preposição);
• No Brasil, haverá eliminação do acento agudo nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia". O certo será assembleia, ideia, heroica e jiboia;
• Em Portugal, desaparecem da língua escrita o "c" e o "p" nas palavras onde ele não é pronunciado, como em "acção", "acto", "adopção" e baptismo". O certo será ação, ato, adoção e batismo;
• Também em Portugal elimina-se o "h" inicial de algumas palavras, como em "húmido", que passará a ser grafado como no Brasil: "úmido";
• Portugal mantém o acento agudo no e e no o tônicos que antecedem m ou n, enquanto o Brasil continua a usar circunflexo nessas palavras: académico/acadêmico, génio/gênio, fenómeno/fenômeno, bónus/bónus.
Fontes: Banco de Dados da Língua Portuguesa - FFCLH USP (2007), Revista Isto É, Folha de São Paulo, Agência Lusa e, Semanário "SOL

O Príncipe e o Principezinho

OPrincipezinho - ... só se vê bem com o coração ...

Quando alguém vem de novo trabalhar na minha equipa, procuro sempre saber se já conhece o Principezinho (o romance de Antoine de Saint-Exupéry, publicado em 1943 quando aquele recuperava de ferimentos de guerra em Nova Iorque), pois trata-se de uma história ternurenta que apresenta uma explanação sentida sobre a tristeza e a solidão, dotada de uma filosofia inquieta e poética, que revela algumas reflexões sobre o que de facto são os valores da vida.

Em gestão, importa ser inquieto, estar atento e levar em consideração os valores e princípios daqueles com quem privamos.

Mas também lhes digo que leiam o Príncipe de Maquiavel, nomeadamente a parte mais controversa, aquela que argumenta que "quem governa deve saber ser astuto desde que isto sirva os seus objectivos (neste caso os da organização que gere) e, deve mostrar-se sempre dotado de pelo menos cinco virtudes: clemência, benevolência, compaixão, rectidão e piedade. Maquiavel defende ainda que o príncipe deve evitar fazer coisas que o façam ser odiado. O que se realiza ao não confiscar as propriedades, nem dar mostras de ambição ou de desinteresse."

Não sei se são estes os melhores caminhos, mas sei que gerir com o coração, sem ocultar as emoções e, respeitando os que connosco trabalham, costuma resultar bem. Esse é o meu lema.

domingo, 11 de novembro de 2007

Porque eu desejo impossivelmente o possível

Álvaro de Campos
Obrigada, por me ajudares a lembrar a poesia de Álvaro de Campos e nela tanta coisa e coisa nenhuma. Obrigada irmã, por intuíres, sentires e pressentires o que não digo.

O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas.

Essas e o que faz falta nelas eternamente;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço, Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada –
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?

Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo, Cansaço...

No dia de S. Martinho vai à adega e prova o teu vinho

Vendedor de castanhas



No dizer de um menino de 12 anos, a propósito do verão de S. Martinho "O dia de S. Martinho comemora-se no dia 11 de Novembro. Diz a lenda que quando um cavaleiro romano andava a fazer a ronda, viu um velho mendigo cheio de fome e frio, porque estava quase nu. O dia estava chuvoso e frio, e o velhinho estava encharcado. O cavaleiro, chamado Martinho, era bondoso e gostava de ajudar as pessoas mais pobres. Então, ao ver aquele mendigo, ficou cheio de pena e cortou a sua grossa capa ao meio, com a espada. Depois deu a metade da capa ao mendigo e partiu. Passado algum tempo a chuva parou e apareceu no céu um lindo Sol."


Acerca deste assunto, escreve o conceituado etnólogo Ernesto Veiga de Oliveira (1910-1990): «O S. Martinho, como o dia de Todos os Santos, é também uma ocasião de magustos, o que parece relacioná-lo originariamente com o culto dos mortos (como as celebrações de Todos os Santos e Fiéis Defuntos). Mas ele é hoje sobretudo a festa do vinho, a data em que se inaugura o vinho novo, se atestam as pipas, celebrada em muitas partes com procissões de bêbados de licenciosidade autorizada, parodiando cortejos religiosos em versão báquica, que entram nas adegas, bebem e brincam livremente e são a glorificação das figuras destacadas da bebedice local constituída em burlescas irmandades. Por vezes uma dos homens, outra das mulheres, em alguns casos a celebração fracciona-se em dois dias: o de S. Martinho para os homens e o de Santa Bebiana para as mulheres (Beira Baixa). As pessoas dão aos festeiros. vinho e castanhas. O S. Martinho é também ocasião de matança de porco.» (in As Festas. Passeio pelo calendário, Fundação Calouste Gulbenkian, 1987).


Para mim, que adoro comemorar e manter algumas das tradições, o S. Martinho "é a noite de reunir os amigos (ontem, 10 à noite), cobrir a mesa com uma toalha florida, assar castanhas, bebericar vinho tinto e jeropiga, contar e ouvir hoistórias, imaginar os cortejos antigos pelas adegas a provar os vinhos novos. Fica-me a vontade de aderir às comemorações de Santa Bebiana".

A propósito da felicidade


Porque este é um tema interessante que muitos rejeitam e, porque cada vez mais parecem existir teorias que ligam os ganhos em saúde à felicidade, ao amor e ao bem estar emocional, fui seleccionar três citações de um escritor, um romancista e um jornalista/editor para me ajudarem a reflectir sobre esta questão, sabendo que mais de 2000 anos de tentativas para explicar e compreender a felicidade, a humanidade quase não obteve progressos:

"As almas infelizes envelhecem cedo." Camilo Castelo Branco
"É possível que o homem viva sozinho, mas não creio que isso seja felicidade." Benjamim Franklin
"A felicidade só cria recordações felizes." Balzac

Depois pedi a três pessoas que me definissem felicidade: (i) A felicidade para mim é feita de momentos que me deixam o coração leve e tranqüilo. É feita de ver as pessoas bem, mesmo as que não são do meu convívio directo. (ii) A felicidade para mim é ver uma flor bonita e perfumada, o sorriso de uma criança, de ver as pessoas realizando os seus sonhos, ...; (iii) A felicidade para mim é sentir-me bem ou sentir prazer.

Depois ainda, perguntei a um doente, que me respondeu: "A sorte é um acaso, a felicidade parece ser uma vocação e eu quero ser feliz".

Jean Jacques Rousseau poeticamente disse que “A sede de felicidade nunca se extingue no coração do homem.”, enquanto Thomas Jefferson sentiu tão fortemente “a procura da felicidade” que a introduziu na Declaração de Independência Americana como um inalienável direito.

Ninguem se faz sózinho

Dado que, lendo Cédric Kahn, nos apercebemos que as pessoas normais não têm nada de especial e que segundo António Damásio, a aprendizagem é mais eficaz, se houver uma relação de amor, parti na busca do argumentário para a sustentação de tais teses. E encontrei algumas frases e palavras que me fizeram pensar:

Como, as emoções são as cores que nos iluminam a vida - são o alimento da alma, o prazer supremo de ouvir com os sentidos, o momento mágico do pulsar das cores, o fogo que consome o espírito e nos corrói a alma. São palavras coloridas anuladas por lábios sedentos, músicas, olhares, cheiros, silêncios ... e, amor pode significar: afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atracção, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido … e ainda, porque se fala do amor das mais diversas formas: amor físico, amor platónico, amor materno, amor a Deus, amor à vida.

Pergunto-me então, porque estamos/somos tão solitários, se é possível fazer com que todos os dias tenham sol?

Será que tal como nos diz Álvaro de Campos "O mundo é para quem nasce para o conquistar e não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão."

Portugal no seu melhor


Aquando da conquista de Ceuta, a população do Porto a pedido do Infante D. Henrique, abateu e ofereceu toda a carne disponível para a armada que partia, ficando com as tripas para os que não embarcaram. Desde então que lhes chamamos tripeiros e que no Porto (e não só) se confeccionam as famosas "Tripas à moda do Porto".

As tripas são bem lavadas e esfregadas com sal e limão. Colocam-se num recipiente com água e rodelas de limão, até ficarem brancas. Cozem-se, separadamente, as carnes e o feijão. Num tacho, leva-se a alourar na banha, a cebola e a folha de louro. Juntam-se as tripas e todas as carnes cortadas aos bocados, o feijão, as cenouras cozidas e um pouco de caldo de carne, tempera-se com sal e cominhos. Ferve durante 25 minutos e serve-se em terrina polvilhada com salsa picada ou coentros. As tripas são acompanhadas com arroz de forno.

sábado, 3 de novembro de 2007

Chegadas e partidas

O filme "Chegadas e Partidas"

As partidas são por natureza tristes, no dizer de poetas e escritores. São também tristes para mim, como provavelmente para todos. Mesmo as partidas inevitáveis são tristes.

As chegadas, contrariamente, trazem (normalmente) felicidade, alegria, bem-estar. Nas gares e aeroportos são um momento indescritível. São o rodopio de pessoas que de terras distantes chegam. São as largas centenas de pares de olhos que espreitam, que brilham, alguns que húmidos se perdem na espera, outros que amorosos fitam incessantemente e outros ainda que expectantes aguardam, calmos, nervosos, felizes, ansiosos, mas todos, mesmo todos, aguardam. Hoje, mais uma vez (como acontece desde há muito tempo) não tinha nenhum par de olhos que me aguardasse, nenhum sorriso, nenhuns braços para me aconchegarem, ninguém mesmo. Acho que estava na hora de quebrar o enguiço!

Não se deve falar sobre o que se não sabe ....

A Justiça
Nunca se deve falar sobre o que se não sabe ou se não conhece, mas .... hoje apetece-me, pronto.
É sobre duas coisas do mundo da justiça.
Li que a culpa da justiça andar mal, em Portugal, se deve ao facto de haver juízes em número insuficiente e advogados a mais. As teorias que conheço ensinaram-me que quando um bem é escasso o seu preço tende a subir e, ao invés, quando há excesso o seu preço tende a baixar, mas neste caso específico, as teorias não se têm confirmado (fala a experiência vivida). Por outro lado, o desconhecimento nestas matérias não me permite saber se seria possível e/ou até desejável que alguns dos que estão em excesso pudessem vir a engrossar o número dos escassos e melhorar então a justiça, já que nos preços vamos como sei.

A segunda coisa deste mundo desconhecido li-a hoje no avião. Imagine-se que aqui na nossa vizinha espanha dois homens foram condenados a 40 mil anos de prisão e um outro a 35 mil anos. Sei que os crimes são hediondos. Mas tantos anos que a vida não tem ... não descredibiliza o processo e a justiça? Sou contra a pena de morte, mas já não há prisão perpétua? Responda-me um advogado que saiba. De preferência não muito desocupado.